21 de fevereiro de 2011

Adele


Conheci Adele por acaso, a primeira música que ouvi dela foi Chasing Pavements, foi uma feliz indicação do site Last.fm. Ele cruzou as referências da minha preferência por Amy Winehouse, Duffy, Joss Stone, Ella Fitzgerald, e algumas outras e me indicou que eu escutasse Adele.

Quando ouvi o CD intitulado 19, gostei logo de cara. Já conhecia algumas canções como Cold Shoulder, mas as demais também me agradaram muito. E então, Adele passou a fazer parte dos meus dias na playlist.

Esta ano aguardei, pelo seu CD novo, intitulado 21. Os álbuns da Adele são intitulados de acordo com a idade qual ela gravou as faixas. As músicas são melancólicas, que ela mesma escreve com o que sente no momento. 

Adele diz que se estivesse feliz, num relacionamento, ela não teria tempo para a música, ela usaria este tempo para viver a felicidade. É um sentimento meio contraditório como apreciadora de sua música torcer para que as coisas dêem certo para ela, mas eu torço mesmo assim. (rss)


 21 é simplesmente apaixonante.

18 de fevereiro de 2011

Antagonistas


Dizem por aí que todos gostam dos mocinhos, e constroem vilões para isso. Não são vilões tão simples, mas são personagens que pisam no ponto mais fraco que há em nós e os odiamos, pelos simples fato deles mostrarem o quão frágil somos. Os mocinhos são os perfeitos da história. Para eles, nada é impossível e não há algo que eles não possam enfrentar e sair vencedores.

Eu prefiro os antagonistas. Estes não são os seres perfeitos que te acompanharão nos seus sonhos impossíveis e viagens de perfeição. Os antagonistas vão te questionar, se aquilo tudo é tão perfeito assim e vão te mostrar outra visão. Pode até ser uma visão deturpada como a visão de um vilão que pode te prejudicar, simplesmente pelo fato de questionar, mas é importante mesmo assim. Um antagonista não é nem mocinho e nem vilão. Ele simplesmente se opõe.

Algumas pessoas quando são questionadas agem por instinto e partem para a defensiva, afinal é mais fácil falar com a pessoa de personalidade totalmente contra ou a favor, mas é difícil ser questionado. É complicado tentar ver o mundo de um ângulo diferente do que aquele que circula o próprio umbigo.

Quando isso acontece, a palavra antagonista aparece piscando diante dos meus olhos. Para dizer a verdade, ela pisca em um lugar meio escondido, entre o osso da minha testa e minha meninge. Mas eu consigo visualizá-la claramente. O que me leva a respirar para tomar tempo, cerca de segundos, e tentar refletir no porque de ser questionada e no que aquela mensagem passada pelo antagonista mexe com as coisas que eu sei e que fazem parte da minha personalidade.

Antes disto, (porque é uma coisa a ser treinada) daria respostas curtas, sem tentar expor muito como aquilo se confrontou dentro do meu cérebro. Depois eu passei a rebater as perguntas, para saber o que motivara o antagonista a me questionar. E agora, às vezes, me torno a antagonista do antagonista.
Essas personalidades coexistem em todos, a de mocinho, vilão e antagonista.

Qual usar hoje?

6 de fevereiro de 2011

A Fábula dos Patos


Quando se deu conta de sua existência, Tunico, o patinho, achava que morava em um bom lugar. Lá ele e seus irmãozinhos eram felizes mesmo com a simplicidade do local. Senhor José, o dono do sítio onde Tunico morava era um homem carismático e cheio de sorrisos. O sítio era bem simples, lá não havia muita tecnologia e nem fertilizante nas plantas da horta.
Algumas patas diziam que ter fertilizante na horta seria bom, as plantas cresceriam mais fortes e grandes, isso faria com que Senhor José jogasse o as sobras para os patos. Tunico, no entanto, não se importava. Ele estava feliz com a ração que tinha e gostava de ficar ali no pequeno lago. A mamãe pata também gostava de Tunico e o protegia quando ele sentia medo da chuva.
O tempo passou e Tunico cresceu. Ele percebeu que conforme crescia o lago diminuía. Conseguia notar que o lago do sítio vizinho era maior e curioso perguntou a mamãe pata o que ela achava do outro lago. A mamãe pata disse que era mesmo um lago lindo, que gostaria de nadar ali um dia, mas avisou Tunico que, apesar do lago ser maior do outro lado, os patos ainda seriam patos.
Pelo que Tunico percebeu, os patos do vizinho eram patos como ele, mas eram mais bem tratados. Eles comiam plantas da horta que eram jogadas pelo Senhor Luís, o dono do sítio vizinho, o sítio era maior e tinha mais recursos. Ele pensou que ser tratado assim era muito bom.
Certo dia, o Senhor José vendeu seu sítio ao Senhor Luís e este foi o ponto de discórdia entre os patos. Alguns se negavam a passar do lago pequeno para o lago maior, outros queriam ir logo. Todos estavam ansiosos para saber o que aconteceria. O Senhor Luís então tirou a cerca entre os lagos e os patos podiam passear livremente entre os dois. Tunico partiu assim que conseguiu para o lago maior, diferente dos patos mais velhos, ele queria experimentar a sensação de ter um espaço maior para nadar. Ele ficou amigo dos outros patos e gostou do lugar, realmente aquela foi uma boa mudança para ele.
Porém, quando o Senhor Luis foi jogar hortaliças aos patos, aconteceu uma situação curiosa. Entre os patos que eram do Senhor José, os antigos achavam que tinham o direito de se fartar mais que os patos mais novos. O Senhor Luis jogava hortaliças a todos, de forma aleatória, os patos antigos proibiram os mais novos de comer qualquer tipo de hortaliça e também não comiam em protesto. Nenhum dos patos que eram do Senhor José comia hortaliças.
Tunico ficou chateado por ter que comer ração, mesmo que o Senhor Luis lhe oferecesse hortaliças. Mas ele não tinha a opção de desobedecer aos antigos e o Senhor Luis não ficou ciente do ocorrido. Os novos amigos patos de Tunico também acharam aquilo injusto, mas nenhum sabia de opção para fazer o Senhor Luis perceber o evento curioso. Um amigo pato, mais sábio que Tunico, o alertou do fato de que o Senhor Luis assava um pato de tempos em tempos e então não era saudável sobressair ao bando.
Tunico então se calou, ele não tinha hortaliças, mas podia nadar num lago maior. Afinal era só um pato, como todos os outros.