7 de janeiro de 2021

2021 chegou!



Tem gente que começa o ano todo ouriçado já querendo inventar coisas pra fazer né. Pois é, eu tenho dessas. Mais alguém aí?

Falei pra Dani que queria voltar a escrever, mas não queria esse meu blog antigo. E ela falou para eu usar o espaço do Dez Pares de Meia. Originalmente, o Dez Pares de Meia seria sobre contar nossas viagens e preparações de viagens, mas pandemia tá aí e a como não queremos arriscar nada nem ninguém em nenhum grau viagens não estão rolando. Além da cabeça toda ocupada em sobreviver e não deixar ninguém morrer que pesa demais nos assuntos.

Mas há aquele canto particular, das conversas leves, dos amigos que tem espaço para compartilhamento. Então a ideia é essa. Tá todo mundo tão cansado de falar em pandemia. Tem tanto canto científico bom falando disso, estudiosos da área. Não tem porque replicarmos tudo isso. Eu entendo ser importante, e o pessoal que conversa com a gente normalmente sabe como estamos preocupadas. A Dani trabalha com saúde mental, dá pra ter ideia de como ela tem trabalhado nesses últimos tempos só com essa afirmação. Mas vamos deixar por um momento a divulgação pra quem é de divulgação.

Enfim.

Depois de perguntar para algumas pessoas nas Internets, além de blogar eu resolvi fazer uma Newsletter. Talvez mensal, talvez quinzenal. Para trazer um pouco de conversa para o nosso dia a dia. A ideia é falar sobre coisas cotidianas, coisas que tenho lido e conversado. É saudade daquele papo com os amigos que fala né.

O link para inscrição é esse: https://tinyletter.com/alineghi

O blog continua, com essa carinha mais pessoal mesmo. =)

Meu apoio a todos vocês que estão passando por esse momento tão difícil. Não acredito na bobagem que sofrimento é bom que faz a gente crescer porque felicidade é bem melhor e também faz isso. Sofrimento é só sofrimento mesmo, é o jeito que a gente tem de passar por coisas ruins e não enlouquecer.

Força!

19 de junho de 2018

Hoje eu li

Eu leio muito, as pessoas que me conhecem sabem, eu amo ler. 

Para mim foi um mundo de descobertas, quando me descobri lendo, lá com os meus 6 anos de idade. A cidade onde eu morava tinha uma educação muito boa e eu me lembro de começar a formar as palavras quando ainda tinha 5 anos. A professora deu umas revistas para cortar e colar e eu fiquei lá juntando sílabas e "lendo". Entendia uma palavra ou outra, mas não ainda o contexto geral. Depois, na primeira série comecei a entender melhor. A escola fazia uma festa de "alfabetização" e a gente ganhava um livro, era bem legal.

Penso se isso ainda existe, com tanta gente que eu vejo ler e não entender por ai.

Entende aí porque  não consigo falar com o Maurício de Sousa? Cresci aprendendo a ler com os gibis.

Enfim, sempre leio antes de dormir, algum livro de ficção geralmente. Uma leitura sem muita atenção, para descansar e facilitar o bom sono. Mas hoje tirei um tempo para ler, não era um estudo direcionado, mas coisas que podiam fazer algum sentido para mim.

Foi como um resgate de quem eu sou e como me sinto com os meus pensamentos e minhas ideias. Ultimamente só tenho tempo para o trabalho e para tentar acertar as coisas da minha vida, que esse tempo saudável passa batido.

As pessoas estão com moda de #partiuAcademia e #HojeTaPago que não sei se elas tiram esse tempo para elas também. Li num livo do Stephen King que ele lê enquanto faz caminhadas, considerando os audiobooks a leitura e achei bem interessante. Se a gente tira um tempo para ser saudável porque incluir a leitura racional nesse tempo também?

Sei que faz muito tempo que não escrevo nada, que tudo fica na minha cabeça e sinto que parte disso é essa culpa constante de não posso parar agora para fazer isso. Mas que diferença faz para alguém ou para mim, se deixo de jogar uns minutos no celular para ler e escrever? É até melhor, não é mesmo?

Acho que deve fazer parte do "Coisas a organizar" separar um tempo para isso. Quem sabe?

Estava lendo este blog e achei ele meio velho, será que crio um novo? Vida Nova? Ou um recomeço?

Vamos ver...


12 de junho de 2016

Todo mundo ama os dias dos Namorados

Será??



A geral diz que quem está solteiro não gosta dos dias dos Namorados, mas depois de um tempo você entende que não tem porque odiar um dia que celebra o amor. Quando se ama alguém, que pode ser um cachorrinho, ou os pais, ou o avôzinho, ou os irmãos, a gente entende que o que vale mesmo é aproveitar cada momento juntos.

E é uma sensação muito agradável, estar com quem se gosta, passar um tempo conversando, fazendo companhia e compartilhando tudo ou nada ao mesmo tempo. Dar valor ao outro e trocar experiências. O amor pra mim é isso, essa sensação cálida do compartilhar,

O amor transcende até mesmo ao afastamento físico. Recentemente perdi a minha avô e aí entendi melhor ainda essa sensação. Sinto falta dela, mas é como se todo o amor que ela deu a nossa família permanecesse e a gente pudesse entender o que ela nos deixou tem um valor inestimável.

Então, sendo o dia dos namorados uma data comercial (como muitos dizem) ou não: Aproveite bem! 

Ok, o dia é dos namorados e não do amor. Mas por que não celebrar o amor? E por que só hoje??

Compartilhe! Não necessariamente este texto, mas toda a sensação cálida que ele possa te lembrar de distribuir. Nem que esse sentimento for de imensidão e gratidão pelo Universo.

Feliz dia dos Namorados!

13 de setembro de 2015

Chatsworth House

Já faz um tempo que quero escrever sobre este lugar... 

Para quem já leu alguns de meus posts sabe que sou fã de Jane Austen e isso me levou a ler várias coisas sobre o assunto e estudar parte da história da Inglaterra Vitoriana (pra saber que Jane Austen é do período Regencial LOL). Enfim, desde quando assisti Orgulho e Preconceito de 2005 quis conhecer vários lugares que serviram como set de filmagem.

Um dos principais locais é Chatsworth House que representou Pemberley.



Da primeira vez que fui ao Reino Unido, visitei também a Escócia e pelo orçamento não consegui ir a Derbyshire. Mas tive a felicidade de ir novamente, o que possibilitou um dia de viagem até este local tão lindo. Isso mesmo, UM DIA só, dá para fazer a visita completa saindo de  Londres.

Quer dizer é claro que quis passar mais tempo lá hahaha

Com a decisão de ir até lá, a passagem de trem deve ser comprada, então, fomos até a estação St Pancras em Londres e compramos passagem para Chesterfield que são vendidas pela East Midlands Trains. A casa e o jardim abrem às 11 da manhã e o trem demora umas 2 horas para chegar, some ai mais uns 40 minutos de taxi até lá. Não se preocupe de chegar cedo, assim dá tempo de recuperar o fôlego que você perde ao chegar lá. Compramos a passagem de ida as 7 da manhã e voltamos no trem que saia as 19h30 de lá. O interior é mais frio que Londres, vá agasalhado e leve a boa amiga capa de chuva. Também fique de olho no calendário do site, a casa fecha em alguns intervalos durante o ano e quando é utilizada como set de filmagem.

Fiz uma consulta no site da East Midlands Trains e as passagens de ida e volta custam por volta de 40 libras e o taxista cobrou 25 libras a corrida (que dividimos por 3). Pague o taxista pois o local é realmente longe. Ir de ônibus não compensa, vai demorar, os horários são espaçados entre um ônibus e outro e o ele pára 5 kilometros longe. Deixe o fôlego pra andar bastante na casa e nos jardins. Combinamos com o mesmo motorista que nos buscasse às 6 horas da tarde, horário que o jardim encerra as atividades e como bom inglês, no horário combinado ele estava lá.

Quando chegamos na casa, compramos ingresso para a casa e os jardins, dá pra comprar separado para quem quiser. O ingresso completo foi 20 libras.

Deixamos as mochilas no porta volumes, elas não podem entrar na casa para não esbarrarmos nas coisas. A casa do Duque de Derbyshire é cheia de arte e objetos de decoração, vale o cuidado. Já na entrada o pescoço quebra e nos encontramos olhando para o teto igual a Keira Knightley. É aquele teto maravilhoso cheio de afrescos e eles se repetem nos demais cômodos da casa.

Visão do Mezanino do salão de entrada

Essa é pra provar que eu estive lá, pois não ia acreditar depois rs

O caminho é demarcado, tem um ponto que dá pra se sentir perdido mesmo, mas a localização é dada pelas janelas, você olha e já vê o lado onde está. Fica louco para conhecer os jardins ao mesmo tempo que fica doido para que a casa não acabe nunca. A casa é cheia de história, é encantadora. Serviu de abrigo a um colégio de garotas de Gales durante a guerra, foi alvo de bombardeio e quase foi perdida quando passou de um herdeiro a outro.

Dormitório das meninas

Os cômodos são lindos, o escritório masculino todo forrado de madeira decorada, tapeçarias, louças, o quarto das moças que ficou para contar a história, a capela, os quartos ligados uns aos outros, as porcelanas, as pinturas, a biblioteca.

A biblioteca


Uma mistura de música de piano no ar, até que você encontra um senhorzinho ao piano tocando para um casal de velhinhos sentados descansando do passeio. Metros e metros de lindos papéis de parede. Uma longa mesa da sala de jantar, as enormes janelas, o barulho das crianças rindo no jardim lá fora. A belíssima escultura da moça com véu que mostra no filme. Tudo maravilhoso, uma viagem a imaginação, ao resgate das pessoas que moraram ali e seus quadros.



Um dos quadros que mais me chamou atenção foi o da Duquesa Georgiana. Aquela mesma do filme a Duquesa. Ela parecia um anjo neste quadro.



E por fim, saímos no anexo, a galeria enorme de esculturas e seus enormes leões que guardam a saída da casa e termina na lojinha, obviamente. A lojinha tem uma variedade de coisas produzidas na própria propriedade que é uma fazenda. Sabonetes de leite de cabra, tecidos. cremes e livros. Há também a estátua do Mr. Darcy do filme com um bilhete escrito "Please, do not kiss".



Na saída da lojinha tem uma pequena lanchonete, e espaço para lanche. É normal na Inglaterra você levar seu próprio lanche aos lugares e comer lá sentadinho em algum canto, não se preocupe, se você tiver num jardim, ou num banco de parque pode comer tranquilamente. Recolha o seu lixo, por favor. Estava frio e estava garoando no dia que fomos (Bem-vindos a Inglaterra), o Sol apareceu em alguns momentos, mas decidimos nos abrigar no restaurante e comer uma comida quentinha. A minha irmã tomou sopa de tomate, mas eu optei pelo salmão e legumes cozidos, E estava uma delícia!

Encontramos um rapaz da cozinha que nos ouviu falando português e veio nos cumprimentar, ele não era brasileiro, mas adorava música brasileira. Todas as pessoas que encontramos trabalhando lá eram muito amistosas e felizes. Nos sentíamos em casa. Descobrimos que as pessoas depois de se aposentarem passam a trabalhar em Chatsworth como voluntários.

Até terminarmos o almoço a garoa deu trégua e fomos passear pelo jardins e por suas fontes. O lugar estava repleto de famílias e crianças. Era primavera, final de maio, todos estavam felizes pelo sol.



O que nos impressionou no tratamento das crianças é como os pais dão liberdade e os ensinam sobre as coisas. Vimos um menino peralta subir numa pedra bem alta e o pai não o reprendeu, esperou ele perceber sozinho que era alto demais para pular. Eles tratam as crianças como seres inteligentes e eu acho que isso falta um pouco em nosso país.

As fontes são maravilhosas, a chuva nos pegou no meio do jardim mas não desanimamos e nem ninguém que estava por lá. Nos perdemos no labirinto, no meio das crianças e no meio das flores. E tudo termina na fonte do Imperador, um jato de água muito alto  bem em frente a casa e seus belos cisnes.

Aninha se abrigando da chuva

Foi um dia maravilhoso, que deixou uma boa lembrança.

Espero ter ajudado alguém a chegar lá também e espero que quem quer ir vá. Economize, trabalhe duro e tudo vai dar certo.

Um beijo 

13 de abril de 2014

Tempo (tempo tempo tempo)

Esta semana eu completei 31 anos. Como disse a minha mãe, eu estava tão avessa a esta idéia que nem comemoração eu queria. (O que é raro porque eu gosto de comemorar tudo) Mas tem coisa que não dá pra lutar muito contra, nem a vontade de festejar dos seus familiares e amigos e nem o tempo.
Acho que este fator é o mais forte (e tenso) - o tempo.

Entre os preparativos da viagem de férias e o casamento da Fernanda (que vai trazer um montão de amigas na minha casa e exige um pouco de organização) me aparece um aniversário no meio rss

O fato é que a minha reflexão toda não é sobre a velhice e sim sobre o tempo. Sobre como tenho usado o tempo que me é dado, sobre se já o usei bem.

Não dá pra lutar contra o tempo e sim fluir com ele, como se cada um estivesse numa pequena balsa rio a baixo, podendo curtir a viagem ou lutar contra a correnteza. Opa, e de viagem eu quero me fazer entendida e tentar aprender e aproveitá-la ao máximo.


Faça o que gosta, aproveite o tempo!!
=)