3 de novembro de 2007

O tempo de um segundo



Do alto da montanha miro o longínquo mundo, a luz incomoda os olhos a testa se franze, mas não alcanço. Os passos ao longe, perdido rastro. Onde está? Quem levou? Aonde os pés o levaram... onde as suas asas o levaram.
Não parece mais o mesmo o mundo girou do avesso e está tudo obstruído, tapado, perdido. Não há como encontrar. Só espero o dia do tiro fatal e os segundos passam lentamente. Um segundo são dez dias.
Um segundo, segundo e meio atrás eu pisquei. E tudo se perdeu. Um segundo se perdeu, segundos inteiros de vida para enconcontrar... Paciência.
Aguardando para sempre.
Os segundos passam tão lentamente.