11 de fevereiro de 2007

Sereno Mortal

Morri outra vez,quando a frente fria me abateu.
Acordei na manhã, após a morte trágica.
Tinha cheiro de grama molhada de chuva ou de orvalho.
Não sei.
Meu corpo estava leve e eu flutuei até o telhado, onde observei o Sol nascendo por de trás da cidade.
E se o Sol nasce dia após dia, por que morrer agora?
Porque me faz morrer assim?
Algumas mentiras minhas me abateram na frente fria da noite.
Meus pés desfaleceram e eu voei até perder minha alma no vazio.
Então uma lágrima caiu, propagando no vácuo o meu sofrer.
Não importa.
Verei o poente tomando sereno mortal do fim da noite.
Acordarei a cada manhã esperando pelo fim.


"Tudo que eu faço simplesmente se desmancha"

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