2 de março de 2011

O Castelinho e o Apfelstrudel

Acontece que hoje esfriou e choveu, e eu adoro esse clima. O meu cérebro imediatamente linkou tudo com a viagem a Gramado/Canela e eu me lembrei do Apfelstrudel que comi por lá, num roteiro bem interessante. Mas quando postei isso no meu twitter notei que algumas pessoas não sabiam do que se tratava. Strudel é assim: sabe a tortinha de maçã do McDonald's ... então, ela tenta imitar a receita. Mas não chega aos pés do Apfelstrudel preparado por uma vovó alemã num fogão a lenha e é até uma heresia minha compará-lo ao da fast food.

Vocês não tem noção de como derrete na boca. #vaigordinha

Obs: Foto mais parecida que o Google me retornou na pesquisa. Mas não é o de lá!

O lugar onde eu visitei em Canela é tão peculiar quanto o doce. Trata-se do Castelinho do Caracol ( http://www.castelinhocaracol.com.br ), uma casa construída em madeira de araucária (por lá tem muito) encaixada, isso mesmo, não tem nenhum preguinho. Além disso, no site tem umas outras informações muito legais sobre sua construção. A casa da família Franzen guarda as mobílias antigas e hoje é um museu aberto a visitação.

Dois andares e nenhum prego, você é doido de entrar aí.

Chegamos lá antes das nove horas, e por isso ainda estava fechado. Eu e a Dani (minha irmã, companheira de aventuras) fomos andar pelos arredores da casa. Encontramos máquinas antigas de moer, carroças com feno, e uma lojinha. Mas olhando mais adiante, achamos o canil, uma plantação linda de hortaliças e, como não podia faltar, videiras com frutas. Nós tivemos sorte de ir na época da colheita das uvas. Claro, que tudo aquilo, não era para os turistas (só para os xeretas), então voltamos para poder visitar a casa.

Assim que você entra na casa, o cheiro de Apfelstrudel te invade. Não é aquele cheiro incômodo, como quando você entra numa loja de artefatos hindus e é quase expulso por algum incenso doce. (detalhe: há incensos ótimos) Eu comparei o cheiro mais ao "parece que a minha avó tá cozinhando algo gostoso na cozinha".


Aí, você olha para um lado e vê uma mesa de jantar linda, com um jogo de chá trabalhado e cada coisa na sala de jantar no lugar. Os cômodos lá são fechados e ninguém entra. Nós ficamos só observando da porta. Mas a casa toda é uma coisa tão incrível que você não precisa tocar. Bastam alguns minutos lá dentro e a história da família Franzen passa a ser parte da sua história também.


Vocês repararam nas velas para iluminar a partitura?
No segundo andar da casa, onde tem o ateliê de costura e o quarto, as coisas das crianças você até consegue sentir a presença das pessoas ali, de como elas passaram o dia a dia. Dá até um friozinho na barriga como se você pudesse ver fantasmas. Mas não causa medo, pois a gente se sente benvindo e acolhido ali.


Além disso, a Dani brincou comigo que nós até parecíamos com as pessoas das fotos. Isso foi engraçado pois ela tinha mesmo razão. No fim do passeio, quando sentamos no ônibus para ir para o próximo lugar de visitação, eu fiquei me perguntando sobre quem poderia imaginar que uma vida simples, com sua família poderia virar um museu.


2 comentários:

Roberta disse...

Olá pesquisando sobre a família Franzen, vi que você também sentiu algo diferente, pois bem então bem senti e nunca me esqueço, foi mais ou menos em 2011 que estive naquela casa e senti a presença de fantasmas, na verdade, de crianças no segundo andar.

Anônimo disse...

Eu visitei o castelinho em 2012 e realmente a impressão é de que há fantasmas pela casa mesmo, apesar de que em alguns lugares da cozinha me senti super bem, em outros tive um medinho sim...rs...me marido que os vê, viu alguns pela casa mas só me contou depois pois eu teria ficado apavorada na hora...rs.